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EUA afirmam que ratificação da vitória de Maduro pelo Supremo não tem credibilidade




O governo dos Estados Unidos considerou nesta sexta-feira (23) que a ratificação por parte do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela da vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho “não tem credibilidade”. “Esta resolução carece de qualquer credibilidade, dadas as provas esmagadoras de que González recebeu a maioria dos votos”, afirmou em um comunicado o Departamento de Estado, se referindo ao representante da maior coligação da oposição, Edmundo González Urrutia.

A nota destacou que as atas “disponíveis publicamente e verificadas de forma independente mostram que os eleitores venezuelanos elegeram Edmundo González como seu futuro líder”. “Deve ser respeitada a vontade do povo venezuelano. Agora é a hora de os partidos venezuelanos começarem a falar sobre uma transição pacífica e respeitosa, de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo venezuelano”, disse o Departamento de Estado.

O TSJ, controlado por magistrados simpatizantes do chavismo, confirmou ontem que os resultados contestados das eleições de julho deram a vitória a Maduro. A sua decisão, com a qual aquele tribunal conclui de forma “inequívoca e irrestrita” a revisão das eleições, ocorre 22 dias após o próprio Maduro ter solicitado este processo, através de um apelo de proteção que nunca foi conhecido e pelo qual os dez ex-candidatos presidenciais foram convocados ao TSJ.

O governo americano destacou hoje que “as tentativas contínuas de reivindicar fraudulentamente a vitória de Maduro só irão agravar a crise atual”, e apelou também ao presidente venezuelano para “libertar aqueles que foram detidos por exercerem seu direito à liberdade de expressão”.

“Os Estados Unidos e a comunidade internacional continuarão defendendo os eleitores venezuelanos, cuja vontade e direitos têm sido continuamente minados desde 28 de julho. Estamos prontos para apoiar um processo inclusivo liderado pela Venezuela para restaurar as normas democráticas”, concluiu o Departamento de Estado.

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