Em seu primeiro de quatro anos de mandato como presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem esteve em torno de diversas polêmicas na Fórmula 1, o que acabou gerando o descontentamento da Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da categoria, e das equipes.
Recentemente, Ben Sulayem publicou no Twitter sua indignação quanto à notícia de que a Arábia Saudita tentou comprar a Fórmula 1 da Liberty Media, fazendo uma oferta no valor de U$ 20 bilhões [R$ 103,99 bilhões], mas sem sucesso.
Os comentários do presidenta da FIA, ressaltando que o órgão é um “guardiã do automobilismo” e que estava preocupado com o valor “inflado” da proposta, não repercutiu bem aos ouvidos da Liberty Media que, por sua vez, enviou uma carta em resposta, apontando que a intuição reguladora estava “passando dos limites contratuais.”
Segundo o repórter Craig Slater, da Sky Sports, o clima entre as organizações está mais ameno, porém a relação entre Ben Sulayem e equipes da Fórmula 1 está abalada.
“Nenhuma resposta veio da FIA para a F1 [referente à carta]”, disse Slater. “Mas também posso dizer que as conversas positivas continuam entre as duas instituições. Portanto, elas estão funcionando normalmente, como precisam fazer para manter o esporte funcionando corretamente.”
“Mas as pessoas estão ainda me dizendo que têm problemas com o estilo pessoal de liderança que Mohammed Ben Sulayem tem na FIA e esses são indivíduos de alto escalão de várias equipes diferentes da Fórmula 1”, apontou o britânico.
O desapontamento com a liderança de Ben Sulayem provém da proibição de declarações políticas e religiosas dos pilotos; o apoio na entrada de uma 11ª equipe no grid com a parceria Andretti-Cadillac; a escolha por dois diretores de prova, trabalhando em uma espécie de rodízio etc.
O presidente da FIA ainda tem um longo período no cargo. Assim, vai precisar ter muito “jogo de cintura” para lidar com todas as partes que englobam o circo da Fórmula 1, caso contrário, terá que enfrentar muita resistência e conflito nos próximos anos de mandato.
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