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Possível reforma ministerial anima partidos do Centrão




Os bastidores do governo federal estão fervilhando com discussões sobre uma possível reforma ministerial, impulsionada por partidos do centrão que buscam ampliar sua influência. Nos últimos anos do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Planalto enfrentou desafios significativos em votações cruciais no Congresso Nacional, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, a reforma tributária e o ajuste fiscal. Recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), destacou que o governo não conseguiria reunir votos suficientes para aprovar o corte de gastos, evidenciando uma fragilidade na articulação política que pode levar a mudanças estratégicas.

A pasta de Relações Institucionais, sob a liderança de Alexandre Padilha, está no centro das críticas. Arthur Lira não poupou palavras durante o governo Lula ao criticar Padilha, chamando-o de “desafeto pessoal” e “incompetente”. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também expressou descontentamento, acusando Padilha de ofender o partido com seus comentários sobre a derrota do PT nas eleições municipais. Diante desse cenário, a possibilidade de uma troca na liderança dessa pasta ganha força, enquanto o governo busca fortalecer sua base de apoio no Congresso.

Outra mudança significativa pode ocorrer na pasta da Defesa, com a possível saída do ministro José Múcio em 2025 por questões de saúde. Geraldo Alckmin, que já desempenha as funções de vice-presidente e ministro da Indústria, é um dos nomes cogitados para assumir a Defesa, o que poderia trazer uma nova dinâmica para o ministério. Essas movimentações são acompanhadas de perto pelo Centrão, que vê nelas uma oportunidade de se integrar ainda mais ao governo e ampliar sua influência.

Apesar de negar interesse, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD, é mencionado como um possível nome para assumir uma pasta, dada sua proximidade com o presidente Lula. A expectativa é que até nove ministérios possam ser oferecidos a partidos do Centrão, como PSD, PP, MDB, Podemos e União Brasil. Essa não seria a primeira vez que o presidente Lula realiza mudanças na Esplanada dos Ministérios, como demonstrado pelas substituições anteriores no Ministério do Esporte e no Ministério de Portos e Aeroportos. As próximas semanas prometem ser decisivas para o futuro da composição ministerial do governo.

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